Na literatura científica esse é um tema bem menos explorado, do que sugere a repetição da pergunta para os dentistas...
É muito comum ouvirmos pacientes e interessados em temas jornalísticos de saúde bucal questionarem quem deve vir primeiro:
a escovação ou o fio dental e/ou escova interdental?
O que existem são diversos relatos sobre a frequência de uso dos dois recursos, sugerindo que a higiene entre dentes é muito mais negligenciada do que a escovação tradicional e o uso do creme dental, conforme mostra a matéria no link: http://migre.me/9bEjD
Diante desta constatação adotei o padrão de orientar o paciente a, pelo menos duas vezes ao dia, adotar a seguinte sistemática para a higiene da boca:
1- Faça a higiene dos espaços entre dentes com escova interdental e/ou fio dental duas vezes ao dia;
2- Na opção da escova interdental, o paciente tem a possibilidade de acrescentar o dentifrício ao recurso, o que melhora a sensação de hálito e o depósito de flúor e das outras substâncias úteis ao controle de placa bacteriana nos vãos dos dentes;
3- Terminada a higiene interdental, é a vez da escova comum "entrar em campo" e realizar a escovação com o mínimo de dentifrício necessário ao objetivo;
4- A sequencia da escovação deve privilegiar as superfícies internas, voltadas ao céu da boca e a língua, depois as faces dentárias voltadas para bochechas e lábios e, finalmente, as superfícies mastigatórias dos dentes posteriores, molares e pré-molares. Com isso asseguramos o "alcance gradual" das partes mais negligenciadas na prática rotineira da higiene da boca, indo do mais para o menos esquecido pelas pessoas;
5- Outra informação da literatura que orienta essa sistematização da higiene da boca é a de que conforme o nosso perfil de empunhadura da escova, destro ou canhoto, tendemos a privilegiar o lado oposto na prática da higiene e/ou implementar mais movimentos e força sobre o lado oposto ao qual seguramos a escova.
Isso sugere que devemos iniciar os movimentos de escovação pelas superfícies internas ( voltadas a lingua e ao céu da boca), começando pelo lado em que empunhamos a escova e seguindo, "pelas superfícies internas" até o outro extremo.
Após isso, a escova retorna ao seu ponto de partida percorrendo o lado externo (faces dentárias voltadas para as bochechas e lábios).
Seguindo essa metodologia, dispomos de boas condições de controle da placa bacteriana e de ótima justificativa para que nossos pacientes não se esqueçam de praticar PRIMEIRO, aquilo que geralmente negligenciam...
Nota da TePe:
A TePe dispõe de uma variedade de escovas interdentais, de diversos calibres, para atender à diferentes necessidades: http://migre.me/9nEUS
É a unica no mercado que possui interdentais com cerdas extra macias, para pacientes com mucosa sensível ou que exige maiores cuidados: http://migre.me/9nEZU
E ainda uma nova escova interdental com um cabo e angulação que permitem ótima empunhadura e melhor acesso aos dentes posteriores: http://migre.me/9nF4n
0 comentários:
Postar um comentário